quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

VONTADE






As Cenas de Nossa Vida são como Imagens em um Mosaico Tosco.

Vistas de Perto, Não Produzem Efeitos – Devem Ser Vistas à Distância para Ser Possível Discernir Sua Beleza.
 
Assim, Conquistar Algo que Desejamos Significa Descobrir Quão Vazio e Inútil este Algo é.
 
Estamos Sempre Vivendo na Expectativa de Coisas Melhores, enquanto, ao Mesmo Tempo, Comumente nos Arrependemos e Desejamos Aquilo que Pertence ao Passado.
 
Aceitamos o Presente como Algo que é Apenas Temporário e o Consideramos como Um Meio para Atingir Nosso Objetivo. 

Deste Modo, se Olharem para Trás no Fim de Suas Vidas, a Maior Parte das Pessoas Perceberá que Viveram-nas Ad Interim (Provisoriamente).

Ficarão Surpresas ao Descobrir que Aquilo que Deixaram Passar Despercebido e sem Proveito Era Precisamente Sua Vida – Isto é, a Vida na Expectativa da Qual Passaram Todo o Seu Tempo. 

Então se Pode Dizer que o Ser Humano, Via de Regra, é Enganado pela Esperança até Dançar nos Braços da Morte!

Novamente, Há a Insaciabilidade de Cada Vontade Individual. 

Toda Vez que é Satisfeita um Novo Desejo é Engendrado, e Não Há Fim para Seus Desejos Eternamente Insaciáveis.

Isso Acontece porque a Vontade, Tomada em Si Mesma, é a Soberana de Todos os Mundos: 

Como Tudo lhe Pertence, Não se Satisfaz com uma Parcela de Qualquer Coisa, mas Apenas com o Todo, o Qual, Entretanto, é Infinito.
 
Devemos Elevar Nossa Compaixão quando Consideramos Quão Minúscula a Vontade – Essa Soberana do Mundo – Torna-se Quando Toma a Forma de um Indivíduo.
 
Normalmente Apenas o que Basta para Manter o Corpo. 

Por Isso o Ser Humano é Tão Miserável.





(Schopenhauer).

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