sexta-feira, 22 de março de 2013

AH SIM A VELHA POESIA






Poesia, a minha velha amiga...
Eu entrego-lhe tudo
A que os outros não dão importância nenhuma...
A saber:
O silêncio dos velhos corredores
Uma esquina
Uma lua
(Porque há muitas, muitas luas...)
O primeiro olhar daquela primeira namorada
Que ainda ilumina, ó alma,
Como uma tênue luz de lamparina,
A tua câmara de horrores.
E os grilos?
Não estão ouvindo lá fora, os grilos?
Sim, os grilos...
Os grilos são os poetas mortos.

Entrego-lhes grilos aos milhões um lápis verde um retrato
Amarelecido um velho ovo de costura os teus pecados
As reivindicações as explicações - menos
O dar de ombros e os risos contidos
Mas
Todas as lágrimas que o orgulho estancou na fonte
As explosões de cólera
O ranger de dentes
As alegrias agudas até o grito
A dança dos ossos...

Pois bem,
Às vezes
De tudo quanto lhe entrego, a Poesia faz uma coisa que
Parece que nada tem a ver com os ingredientes mas que
Tem por isso mesmo um sabor total: eternamente esse
Gosto de nunca e de sempre.





(Mario Quintana).

RESOLUÇÕES







Nunca diga ”te amo” se não te interessa.

Nunca fale sobre sentimentos se estes não existem.

Nunca toque numa vida se pretende romper um coração.

Nunca olhe nos olhos de alguém se não quiser vê-lo se derramar em lágrimas por causa de ti.

A coisa mais cruel que alguém pode fazer é permitir que alguém se apaixone por você quando você não pretende fazer o mesmo.





(Mario Quintana).

ESPERANÇA DO VIVER







Que a esperança nunca me pareça um NÃO que a gente teima em maquiá-lo de verde e entendê-lo como SIM.

Quero poder ter a liberdade de dizer o que sinto a uma pessoa, de poder dizer a alguém o quanto ele é especial e importante pra mim, sem ter de me preocupar com terceiros...

Sem correr o risco de ferir uma ou mais pessoas com esse sentimento.

Quero, um dia, poder dizer às pessoas que nada foi em vão...

Que o amor existe, que vale a pena se doar às amizades a às pessoas.

Que a Vida é bela sim, e que eu sempre dei o melhor de mim... e que valeu a pena.

Até Breve ...






(Mario Quintana).