domingo, 29 de janeiro de 2012

ASAS PARA VOAR






Certa Vez Houve Uma Inundação Numa Imensa Floresta.
O Choro das Nuvens que Deveriam Promover a Vida Dessa Vez Anunciou Morte. 
Os Grandes Animais Bateram em Retirada Fugindo do Afogamento, Deixando Até os Filhos para Trás.
Devastavam Tudo o que Estava à Frente. 
Os Animais Menores Seguiam Seus Rastros. 
De Repente,  Uma Pequena Andorinha, Toda Ensopada, Apareceu na Contramão Procurando a Quem Salvar!!!
As Hienas Viram a Atitude da Andorinha e Ficaram Admiradíssimas. 
Disseram: 
"Você é Louca!" 
"O que Poderá Fazer com Um Corpo tão Frágil?". 
Os Abutres Bradaram: 
"Utópica! Veja se Enxerga a Sua Pequenez!". 
Por Onde a Frágil Andorinha Passava, Era Ridicularizada. 
Mas, Atenta, Procurava Alguém que Pudesse Resgatar. 
Suas Asas Batiam Fatigadas, Quando Viu Um Filhote de Beija-Flor Debatendo-se na Água, Quase se Entregando. 
Apesar de Nunca Ter Aprendido a Mergulhar, Ela se Atirou na Água e com Muito Esforço Pegou o Diminuto Pássaro pela Asa Esquerda. 
E Bateu em Retirada, Carregando o Filhote no Bico.
Ao Retornar, Encontrou Outras Hienas, que Não Tardaram Muito a Declarar: 
"Maluca! Está Querendo Ser Heroína!". 
Mas Não Parou. 
Muito Fatigada, Só Descansou Após Deixar o Pequeno Beija-Flor em Local Seguro. 
Horas Depois, Encontrou as Hienas Embaixo de Uma Sombra. 
Fitando-as nos Olhos, Deu a Sua Resposta: 
"Só me Sinto Digna das Minhas Asas se Eu as Utilizar para Fazer os Outros Voarem".


(Livro: O Vendedor de Sonhos).





(Augusto Cury).

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