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segunda-feira, 12 de novembro de 2012
MIMOSA BOCA ERRANTE
Mimosa boca errante
À superfície até achar o ponto
Em que te apraz colher o fruto em fogo
Que não será comido mas fruído
Até se lhe esgotar o sumo cálido
E ele deixar-te, ou o deixares, flácido,
Mas rorejando a baba de delícias
Que fruto e boca se permitem, dádiva.
Boca mimosa e sábia,
Impaciente de sugar e clausurar
Inteiro, em ti, o talo rígido
Mas varado de gozo ao confinar-se
No limitado espaço que ofereces
A seu volume e jato apaixonados
Como podes tornar-te, assim aberta,
Recurvo céu infindo e sepultura?
Mimosa boca e santa,
Que devagar vais desfolhando a líquida
Espuma do prazer em rito mudo,
Lenta-lambente-lambilusamente
Ligada à forma ereta qual se fossem
A boca o próprio fruto, e o fruto a boca,
Oh chega, chega, chega de beber-me,
De matar-me, e, na morte, de viver-me.
Já sei a eternidade:
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BOA SEMANA INTEIRA E BOA SEGUNDA-FEIRA COM: MIMOSA BOCA ERRANTE!!!
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